Como passar de vinil (LP) e cassete para MP3

  O que o leitor deseja chama-se, em termos técnicos, “conversão de analógico para digital”. Trata-se de pegar o material analógico (LPs e fitas cassete) e torná-los digitais, ou seja, passar “para dentro” do computador.

  Para tanto, em primeiro lugar será preciso ter um conjunto de som que consiga reproduzir estas mídias, ou seja, um bom toca-discos de vinil e um ótimo reprodutor de fitas cassete, compatível com o sistema em que as fitas foram gravadas. O que seriam estes aparelhos? Vejamos:

Toca discos de vinil — Dê preferência a modelos com tração direta (DD) ou com correia (“belt-drive”). Os modelos mais baratos, com tração com roldanas de borracha, têm muito ruído de fundo (“rumble”) e muita oscilação de velocidade (“wow” e “flutter”) e resultando em um som horrível. Também é importante escolher modelos que trabalhem com cápsula do tipo magnético, que precisam de uma entrada especial no aparelho de som. Cápsulas vagabundas, do tipo cerâmica ou eletreto, oferecem um som horrível e pouco recomendável. Ainda no caso dos toca-discos de vinil, precisam ser capazes de funcionar na rotação do disco em questão, ou seja, 33, 45 ou 78 RPM.

Gravador cassete — É preciso que o aparelho consiga trabalhar no mesmo padrão em que a fita foi gravada. Dizemos isto porque existem vários tipos de fita cassete (FeCr, Metal, Cromo) e vários tipos de redução de ruído (Dolby B, Dolby C, Dolby HX e DBX). Além desta compatibilidade, é importante que o cabeçote esteja em boas condições (pouco desgaste) e perfeitamente alinhado com a gravação feita na fita cassete. Os cabeçotes possuem um pequeno parafuso que permite regular sua altura, coloque a fita para reproduzir e vá ajustando este parafuso lentamente, até encontrar a posição que tenha o máximo de sons agudos.

Uma vez de posse deste equipamento, a saída de gravação do amplificador ou receiver deve ser ligada à entrada auxiliar do computador, mediante um cabo com uma ponta RCA Estéreo e na outra um conector P2 estéreo. Este cabo pode ser conseguido facilmente nas lojas que vendem componentes de eletrônica ou de informática.

Daí em diante é só seguir os roteiros abaixo:

Gravação de LPs para MP3

1) Conectar o toca discos a um amplificador ou pré-amplificador.

2) Conectar uma saída line out do amplificador (ou uma saída REC para tape deck) na line in da placa de som. Requer cabo RCA/P2 estéreo, conforme exposto acima

3) Selecionar nas “propriedades de áudio” do Windows somente a entra de linha (line in) como sinal de gravação. Todas as demais opções devem ficar desmarcadas.

4) Usar um Wave Editor (o do Nero, por exemplo, ou então o Audacity o o SoundForge) e selecionar no menu “Audio” a opção “Record” (gravar).

5) Selecionar Sample Rate de 44.100 Hz e Bit Depth de 16 bits. Marcar a opção Stereo Recording.

6) Acionar o toca discos e, no exato momento em que a música começar a tocar, apertar o botão Rec do controle de gravação no programa Wave Editor, simbolizado por uma bolinha vermelha.

7) Para finalizar a gravação, aperte o Pause e em seguida OK.

8) Salve uma cópia temporária desse arquivo wave.

9) Selecione a música inteira com Ctrl A.

10) Aplique os filtros desejados. Comeee com o redutor de ruídos, depois com o equalizador, eco, e os demais filtros e efeitos que julgar necessário.

11) Após a edição concluída salve diretamente como MP3 utilizando a opção Save As.

12) Coloque um nome adequado ao arquivo, selecione a extensão MP3 e clique em Options.

Gravação de Fitas K7 para MP3

Opção 1 – Conectar o tape deck a um amplificador ou pré-amplificador e seguir os passos da gravação de LPs (passo 2 em diante).

Opção 2 – Conectar o line out do tape deck diretamente na line in da placa de som. Requer cabo RCA/P2 stereo e headfone conectado ao tape deck para monitoração. Seguir os passos da gravação de LPs (passo 3 em diante).